AAS vs. Warfarina em TAVI de baixo risco

Ainda estamos discutindo o regime antitrombótico adequando após o implante percutâneo da valva aórtica (TAVI). A isso se soma o enorme espectro de pacientes que estamos tratando, desde os de baixo risco até aqueles descartados de cirurgia. 

AAS vs Warfarina en TAVI de bajo riesgo

E resta ainda um ponto importante: os engrossamentos hipoatenuados diagnosticados por tomografia. Não sabemos que impacto têm a durabilidade do dispositivo a longo prazo e são de especial preocupação na população de baixo risco. 

Este trabalho recentemente publicado no Circ Cardiovasc Interv tentou responder algumas das dúvidas anteriores. Randomizou 1:1 de maneira aberta pacientes de baixo risco que foram submetidos a TAVI por acesso femoral a baixas doses de AAS mais varfarina vs. baixas doses de aspirinas por 30 dias. 

Realizou-se uma tomografia ou um ecocardiograma transesofágico após um mês para avaliar a presença de engrossamento hipoatenuado das valvas, redução no movimento, gradiente > 20 mmHg, orifício efetivo < 1 cm2 ou insuficiência moderada a severa. Todos os anteriores fizeram parte do desfecho combinado juntamente com AVCs ou acidentes isquêmicos transitórios. 


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50 pacientes receberam aspirina, 44 receberam aspirina mais varfarina e 30 foram incluídos em um registro devido à impossibilidade de randomizá-los. 

O desfecho primário ocorreu em 26,5% dos que receberam aspirina vs. 7% dos que receberam aspirina e varfarina (p = 0,014; OR 4,8). A diferença se baseou na taxa de engrossamentos hipoatenuados das valvas (16,3% vs. 4.8%; p = 0,07).

Não se observou um excesso de sangramentos com varfarina durante esses primeiros 30 dias. 

Conclusão

Em pacientes de baixo risco cirúrgico que são submetidos a TAVI, a anticoagulação com varfarina poderia prevenir a disfunção valvar a curto prazo sem um excesso de sangramentos.

Título original: Randomized Trial of Aspirin Versus Warfarin After Transcatheter Aortic Valve Replacement in Low-Risk Patients.

Referencia: Toby Rogers et al. Circ Cardiovasc Interv. 2021 Jan;14(1):e009983. doi: 10.1161/CIRCINTERVENTIONS.120.009983.


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