Sociedade Latino-americana de Cardiologia Intervencionista

O acesso radial já demonstrou há bastante tempo seu benefício, mas uma de suas complicações mais temíveis é a oclusão da artéria radial (RAO), que segundo diferentes séries pode variar entre 1% e 5%.

Uso de Rivaroxaban para prevenir oclusión de arteria radial posterior a una intervención

Não há na atualidade informação importante sobre anticoagulação pós-procedimento e a presença de RAO no seguimento.

O objetivo do estudo randomizado RESTORE foi examinar o efeito da anticoagulação pós-intervenção com rivaroxabana para reduzir a oclusão da artéria radial em 24 horas e dentro do primeiro mês após o procedimento.

O desfecho primário (DP) foi a incidência de RAO dentro das 24 horas (precoce). O desfecho secundário (DS) foi a incidência de RAO em um mês (tardia) e episódios de sangramento.

Foram incluídos 382 pacientes, randomizados da seguinte maneira: 191 a grupo controle e 191 a grupo rivaroxabana (10 mg por dia durante 7 dias). A idade média foi 64 anos. A maioria dos pacientes eram homens e apresentavam hipertensão e dislipidemia como fatores de risco mais frequentes. 50% dos procedimentos eram terapêuticos/IVUS.

No que ao DP se refere, não houve diferenças significativas entre os dois grupos. Já em relação ao DS, houve diferença a favor do grupo rivaroxabana (p = 0,011), sem que a taxa de sangramento tenha sido maior.

Na análise de subgrupos observou-se menor incidência de RAO precoce no grupo rivaroxabana em pacientes mulheres e em diabéticos.

Conclusão

O uso de Rivaroxabana por curto prazo no pós-procedimento não afetou a incidência de RAO nas primeiras 24 horas; por outro lado, houve uma redução da oclusão no seguimento de um mês após o procedimento. São necessários mais estudos para avaliar esta eficácia.