Tanto a indicação quanto a eventual suspensão da antiagregação plaquetária ficam a critério dos médicos tratantes para balancear adequadamente o risco de trombose vs. sangramento. Contudo, a opinião de um só especialista pode não ser a indicada para esse tipo de decisões. É aí que o valor da equipe se torna evidente. Este trabalho pesquisou…
Voltar às bases: o ticagrelor questionado e o clopidogrel entrando em cena
Outro estudo observacional questiona a potência antiagregante do ticagrelor em termos de uma redução de mortes ou infartos e aponta contra seu maior risco de sangramento em comparação com o clopidogrel. Esta nova análise publicada recentemente no JAHA inclui uma enorme quantidade de pacientes da prática clínica diária cursando uma síndrome coronariana aguda (SCA). O…
Dupla antiagregação e TAVI: as diretrizes se tornaram obsoletas em vários sentidos
As atuais diretrizes da prática clínica recomendam dupla antiagregação plaquetária (DAPT) de 3 a 6 meses após o implante percutâneo da valva aórtica (TAVI). Nos últimos tempos surgiu nova informação que contradiz dita recomendação e que finalmente foi condensada na presente metanálise recentemente publicada no JAHA. Todas os trabalhos realizados até novembro de 2020 que…
Xience recebe o CE Mark para esquemas curtos e ultracurtos de DAPT
É aprovado na Europa o esquema de dupla antiagregação plaquetária (DAPT) de somente 1 mês após a angioplastia com um stent Xience em pacientes com alto risco de sangramento. A aprovação do CE Mark chega após a publicação dos estudos Xience 28 e Xience 90. Logo que a autorização foi confirmada, a Abbott anunciou o…
O melhor anticoagulante em FA pós-TAVI
Os anticoagulantes diretos se associaram a uma menor mortalidade a longo prazo em pacientes com fibrilação atrial que recebem alta após o TAVI em comparação com os clássicos antagonistas da vitamina K. O objetivo deste trabalho publicado no JACC Interv foi comparar os resultados a longo prazo entre os clássicos antagonistas da vitamina K e…
Os betabloqueadores devem ser tomados por toda a vida após um infarto?
Os pacientes tratados de maneira ótima após um infarto não parecem se beneficiar a longo prazo com o uso dos betabloqueadores quando não apresentam insuficiência cardíaca ou deterioração da função sistólica. Este trabalho investigou se existe algum efeito cardioprotetor dos betabloqueadores (BB) após vários anos de seguimento em pacientes estáveis com antecedente de infarto e…
Esquema curto e monoterapia, uma prática com muita evidência
Um esquema de 1 a 3 meses de dupla antiagregação plaquetária (DAPT) seguido de monoterapia de um inibidor P2Y12 após o implante de um stent farmacológico (DES) de 2ª geração é mais seguro e tem a mesma efetividade de um esquema tradicional. A ideia é clara, mas por que não se testou continuar apenas com…
A pressão diastólica pode levar a situações indesejáveis em pacientes tratados por HTA
Uma pressão diastólica muito baixa pode estar associada a um incremento de eventos cardiovasculares (fenômeno da curva J). No entanto, as diretrizes atuais recomendam um objetivo de pressão arterial inferior a 130/80 mmHg sem mencionar um limite inferior para a pressão diastólica. Este trabalho publicado no JAMA teve como objetivo estudar o fenômeno da curva…
A maior causa de injúria miocárdica por COVID-19 está dilucidada
A causa mais comum de necrose miocárdica em pacientes cursando uma infecção por COVID-19 são os microtrombos. No que se refere à composição, tais microtrombos são muito diferentes dos trombos obtidos de um paciente negativo para COVID-19 e dos trombos obtidos dos pacientes infectados que apresentam uma síndrome coronariana aguda. A injúria miocárdica é comum…
AAS vs. Warfarina em TAVI de baixo risco
Ainda estamos discutindo o regime antitrombótico adequando após o implante percutâneo da valva aórtica (TAVI). A isso se soma o enorme espectro de pacientes que estamos tratando, desde os de baixo risco até aqueles descartados de cirurgia. E resta ainda um ponto importante: os engrossamentos hipoatenuados diagnosticados por tomografia. Não sabemos que impacto têm a…
É possível alcançar o tratamento médico ótimo fora dos estudos clínicos
No período de 12 semanas prévias à randomização do estudo ORBITA foi possível otimizar com sucesso toda a medicação antianginosa. O mais importante é que a otimização foi muito bem tolerada pelos pacientes, com escassos efeitos adversos que obrigaram a suspender a droga responsável. A prática clínica encara com certo ceticismo a possibilidade de alcançar…