Cai a mortalidade da doença vascular periférica graças à revascularização

Este trabalho de coorte nos mostra que entre 2006 e 2015 a sobrevida global melhorou e o risco de amputação maior diminuiu após a revascularização de membros inferiores. Estas observações populacionais após a revascularização de membros inferiores melhoraram durante o período avaliado, da mesma forma que melhorou a centralização e a especialização dos serviços intervencionistas.

A disponibilidade e diversidade de centros com capacidade de realizar procedimentos de revascularização de membros inferiores aumentou em todo o mundo na última década (embora este trabalho nos dê informação especificamente da Inglaterra). O trabalho fez foco em procurar determinar se todo o desenvolvimento de habilidades por parte dos intervencionistas e o desenvolvimento de dispositivos (neste sentido houve muito mais novidades para o território periférico que para o coronariano) conseguiu impactar no prognóstico dos pacientes.

 

Foi utilizada uma base de dados de 103.934 pacientes que receberam tratamento endovascular (angioplastia) ou cirurgia (endarterectomia, profundoplastia ou bypass) para doença vascular periférica infrainguinal entre 2006 e 2015.


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Em um ano de seguimento, o risco estimado de uma amputação maior se reduziu de 5,7% (em 2006-2007) a 3,9% (em 2014-2015) após a revascularização endovascular e de 11,2% (2006-2007) a 6,6% (2014-2005) após a revascularização cirúrgica. O risco de morte após ambos os tipos de revascularização também se viu reduzido. Esta tendência se observou para todas as indicações com a maior redução nos pacientes com isquemia crítica, úlceras ou gangrena.

 

Conclusão

A sobrevida global melhorou e a taxa de amputação maior se reduziu entre 2006 e 2015 com o aumento das revascularizações. Os resultados melhoraram com o passar do tempo graças ao surgimento de centros especializados no tema que concentram os procedimentos, algo que em muitos lugares ainda não ocorre e que faz com que muitos pacientes ainda sofram amputações sem sequer serem submetidos a uma angiografia diagnóstica.

 

Título original: Improving 1-year Outcomes of Infrainguinal Limb Revascularisation: A Population-Based Cohort Study of 104 000 Patients in England.

Referência: Katriina Heikkila et al. Circulation. 2018 May 1;137(18):1921-1933.


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