No último ano somaram-se muitíssimas novas informações no âmbito da farmacologia, o que propiciou a modificação de práticas, o aparecimento de novas hipóteses ou simplesmente proporcionou maior sustentação em relação à evidência já existente.
Nesta nova seleção editorial, compartilhamos os trabalhos mais significativos do ano passado para que você se mantenha atualizado nos principais tópicos da especialidade.
O mais importante de 2021 em farmacologia
01- Novidades nas diretrizes de prevenção primária da AHA e do ACC
A grande maioria das doenças cardiovasculares e a mortalidade podem ser rastreadas para trás em 4 hábitos não saudáveis (fumar, dieta pobre, obesidade e sedentarismo) e em 3 fatores de risco maiores (colesterol, hipertensão e diabetes).
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A duração da dupla antiagregação plaquetária tem sido tema de permanente revisão em pacientes com alto risco de sangramento tratados com stents farmacoativos.
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03- Reduzir a inflamação crônica da aterosclerose com uma velha droga
A inflamação tem um papel crucial na progressão da aterosclerose. Recentemente, o estudo COLCOT mostrou o benefício do uso da colchicina em eventos cardiovasculares.
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04- AAS vs. Warfarina em TAVI de baixo risco
Ainda estamos discutindo o regime antitrombótico adequando após o implante percutâneo da valva aórtica (TAVI). A isso se soma o enorme espectro de pacientes que estamos tratando, desde os de baixo risco até aqueles descartados de cirurgia.
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05- Xience recebe o CE Mark para esquemas curtos e ultracurtos de DAPT
É aprovado na Europa o esquema de dupla antiagregação plaquetária (DAPT) de somente 1 mês após a angioplastia com um stent Xience em pacientes com alto risco de sangramento.
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06- Como suspender a antiagregação antes de uma cirurgia não cardíaca
Tanto a indicação quanto a eventual suspensão da antiagregação plaquetária ficam a critério dos médicos tratantes para balancear adequadamente o risco de trombose vs. sangramento. Contudo, a opinião de um só especialista pode não ser a indicada para esse tipo de decisões. É aí que o valor da equipe se torna evidente.
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07- ACC 2021 | HOST-EXAM: Clopidogrel vs. AAS como monoterapia pós-DAPT nas angioplastias
Manter uma monoterapia de clopidogrel após um período de dupla antiagregação plaquetária (DAPT) se associou a uma redução da mortalidade, dos infartos, AVCs e de outros eventos em pacientes que são submetidos a angioplastia coronariana em comparação com continuar com monoterapia de aspirina (AAS).
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08- Antiagregação plaquetária no AVC ou no AIT: simples ou dupla?
A antiagregação plaquetária é fundamental para prevenir eventos trombóticos após um acidente isquêmico transitório (AIT) ou um AVC isquêmico. O papel da aspirina está bem estabelecido nesse cenário, mas está surgindo evidência para um período curto de dupla antiagregação (DAPT). Agora, a pergunta que não quer calar é se dita estratégia pode evitar AVCs recorrentes sem pagar o preço dos sangramentos.
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09- ACC 2021 | TALOS-AMI: desescalar a clopidogrel depois de 1 mês de ticagrelor
Depois de um mês de dupla antiagregação plaquetária (DAPT) com aspirina e ticagrelor, observa-se um benefício clínico claro com a desescalada a clopidogrel em pacientes submetidos a angioplastia por um infarto agudo do miocárdio.
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10- Dupla antiagregação ultra curta após uma angioplastia complexa
Os resultados do seguimento de 1 mês de antiagregação plaquetária (DAPT) seguido de monoterapia de clopidogrel foram comparáveis a 12 meses de DAPT tanto em pacientes com angioplastia simples como complexas. Não se observou uma interação significativa entre o período de DAPT e a dificuldade do procedimento.
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11- Desescalar a dupla antiagregação é o novo paradigma?
Desescalar a dupla antiagregação plaquetária poderia ser a estratégia mais efetiva após uma síndrome coronariana aguda, reduzindo sangramentos, custos e sem um aumento dos eventos isquêmicos.
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12- STOPDAPT-2 ACS: Um mês de DAPT NÃO é suficiente em pacientes agudos
Um mês de dupla antiagregação plaquetária em pacientes cursando uma síndrome coronariana aguda não alcançou os resultados de segurança e eficácia observados na população geral do estudo original STOPDAPT-2.
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13- TAVI e anticoagulação: anticoagulantes diretos ou inibidores da vitamina K?
Há pacientes nos quais a anticoagulação está simplesmente indicada mas não é uma verdadeira opção. Utilizando o registro de TAVI francês, este trabalho compara a mortalidade a longo prazo, sangramentos e eventos isquêmicos após o implante valvar. Foram comparados os resultados daqueles que utilizaram TAVI com anticoagulantes diretos vs. os clássicos, testados e reversíveis inibidores da vitamina K.
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14- Fibrilação atrial e demência: que anticoagulante apresenta menos risco?
A fibrilação atrial é um fator de risco para a demência e os anticoagulantes provaram diminuir dito risco. O objetivo deste trabalho foi buscar diferenças no risco de demência entre os pacientes tratados com a clássica varfarina vs. diferentes anticoagulantes diretos.
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15- AFIRE Trial: Fibrilação atrial e angioplastia: qual é a terapia ideal?
Os pacientes com fibrilação atrial que são submetidos a angioplastia coronariana se beneficiam com a monoterapia com rivaroxabana tanto em termos de segurança como de eficácia.
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16- Existe um consumo de álcool que possa reduzir os AVCs?
Foi reportada uma curva em forma de J para a quantidade de álcool consumida e os AVCs isquêmicos. Em tal sentido, existiria uma determinada proporção que seria benéfica em compensação com a abstinência absoluta e o consumo desmedido.
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17- Dupla antiagregação e TAVI: as diretrizes se tornaram obsoletas em vários sentidos
As atuais diretrizes da prática clínica recomendam dupla antiagregação plaquetária (DAPT) de 3 a 6 meses após o implante percutâneo da valva aórtica (TAVI). Nos últimos tempos surgiu nova informação que contradiz dita recomendação e que finalmente foi condensada na presente metanálise recentemente publicada no JAHA.
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18- Consenso europeu sobre o manejo antitrombótico no TAVI
Levando em consideração toda evidência controlada e randomizada publicada nos últimos tempos, era imperioso elaborar um documento para atualizar o manejo antitrombótico no TAVI.
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19- Mais stents somam evidência ao esquema curto e aproximamo-nos do “efeito de classe”
Os pacientes com alto risco de sangramento que são submetidos a angioplastia coronariana com stent Orsiro podem ser considerados para um esquema curto de dupla antiagregação plaquetária.
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